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Visitando um vale suicida com um amigo



Algumas vezes quando estamos num clima mental não muito legal temos a oportunidade de levarmos chacoalhada espiritual pra acordar, pra sair de estados mentais não muito positivos e tudo isso patrocinado por entidades do bem, que estão sempre de olho nos seus tutelados aprendizes e aspirantes da luz.

Estava eu num estado mental não muito positivo, algo comum quando estamos imersos neste mundo denso de provas. Porém, algo não muito comum para alguém que estuda e conhece um pouco os mecanismos espirituais que nos regem.

E eles ficam "p da vida" com isso, quando percebem que alguém está fraquejando no caminho quase virando desertor. Após tantos esforços e energia despendida de tantas consciências para que essa pessoa cresça em espírito e verdade.

Quando temos um saldo positivo do lado de lá, nem que seja um tiquinho, eles ajudam e não desistem nunca! 

É... acho que foi isso que aconteceu hoje. Pois eu não estava muito bem e fui levada até a residência de um amigo, numa experiência extrafísica. Estava sentada no chão num ambiente tranquilo, sem energias pesadas.. estava me sentindo bem alí, havia uma tv e um aparelho preto no chão, parecia um vídeo game ou algum tipo de rádio. Minha lucidez foi aumentando, e percebi que era o lar de um amigo que ajuda muitas pessoas e muito conhecido entre o meio de estudos da experiência fora do corpo.

Vi também em sua residência uma peça confeccionada em bamboo, dois copinhos e um garrafa. Mas pensei em me sutilizar e deixar o local, atravessando as paredes e indo pra rua.

Quando cheguei na rua, esse amigo apareceu ao meu lado, usando roupas claras e convidando para dar um passeio. Vimos alguns espíritos perambulando numa rua de terra, alguns vindo em nossa direção meio lentos e perdidos. Resolvemos sair dalí correndo e depois volitando procurando não chamar atenção.

Volitamos rápido, meu amigo num pique bem melhor que eu. Até deu vontade de dormir no meio do vôo.. (risos), porque a energia dele é muito terna e o volitar é muito suave. Dei uma cansadinha e ele pediu pra observar-me volitando sozinha. Lá fui! Dei eu uma arrancada pra mostrar que não estava tão mortinha e fui seguindo uma estrada de terra preta que era contornada por um morro do lado esquerdo. Subimos o morro e do outro lado nos deparamos com uma imagem triste, era um vale de sofredores, espíritos em situação deplorável, arrastando-se no chão, com olhares de desespero, tristeza.. formas estranhas, cores escuras.. e uma tristeza de apoderou de mim, senti compaixão por estas pessoas, que perderam a dignidade humana naquele estado consciencial. 

Andamos por cima do muro que nos separava daqueles tristes seres. Ficamos em silêncio passando por alí, sem precisar dizer uma palavra acho que estávamos compartilhando do mesmo sentimento de lástima e compaixão.

Voltei ao corpo físico ouvindo alguém explicando que o que vimos eram espíritos que praticaram o suicídio quando estavam encarnados e hoje estão naquele vale de sofrimento criado por eles mesmos. A voz que eu ouvia fez uma analogia do suicídio com o aborto, pois este crime contra as leis da vida é uma espécie de aborto da Terra. Quando nascemos para o plano espiritual antes da época prevista.

Enfim... essa experiência me rendeu muitas reflexões e força extra para perseverar no caminho. Tudo passa... tudo passa...

"O homem não tem  jamais o direito de dispor da sua própria vida, pois só a Deus compete tirá-lo do cativeiro terreno, quando o julgar oportuno. Apesar disso, a justiça divina pode abrandar o seu rigor, em virtude de certas circunstâncias, reservando, porém, toda a sua severidade para aquele que quis furtar-se às provas da existência. O suicida assemelha-se ao prisioneiro que escapa da prisão antes de cumprir a sua pena, e que ao ser preso de novo será tratado com mais severidade. Assim acontece, pois com o suicida, que pensa escapar às misérias presentes e mergulha em maiores desgraças." (O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. V, nº 14 e segs.)